A idade
no cachorro, assim como em nós, traz mudanças de aparência, de
comportamento e de saúde. Saiba como e quando ela começa e o que o amigo
de 4 paras precisa nessa fase.
A VIDA DO CACHORRO cabe inteirinha dentro da nossa. Em pouco mais de 10 anos vivemos ao lado dele fases bem diferentes. Quando nos damos conta, o pequeno filhote
que enchia a casa de alegria se transformou num jovem cheio de energia.
Entre os seis e os dezoito meses, o cão está no auge da vitalidade.
Rapidamente, o adolescente passa a ser um companheiro adulto e protetor. Mais tarde surge os primeiros pêlos brancos, sua saúde começa a dar sinais de que ele não é mais o mesmo.
Sabemos que a luta contra o envelhecimento existe desde as origens da espécie humana. A velhice
é um período de regressão. Á medida em que a idade avança, evidenciam
os sinais de degeneração. Nos cães é considerado este período quando o
cão está na idade de 8 a 9 anos. Todavia, tudo vai depender dos
antepassados, do tipo de vida
que leva, do peso, da raça e do tamanho. Cães pequenos tem o
envelhecimento mais tardio para comparados com cães de grande porte.
Assim
como ocorre com a gente, a idade e os sintomas variam. Nos cachorros, o
processo é mais acelerado. Eles têm a infância e adolescência mais
curtas, a fase adulta proporcionalmente mais longa e o envelhecimento
mais precoce.
UMA DAS MANEIRAS DE SE PREVENIR DAS DOENÇAS DA
TERCEIRA IDADE CANINA é manter o cão com peso adequado. Cães que estão
acima do peso costumam a ter tosse, respiração ofegante e dificuldade de
locomoção, sinalizando, por exemplo, alteração cardíaca. E estão mais
sujeitos a doenças graves como problemas cardíacos e diabetes,
acumulando alto nível de gordura, gerando doenças cardiocirculatórias e
do fígado. Os magros perdem resistência a doenças cardiorrespiratórias .
O
SISTEMA DIGESTIVO DOS CÃES IDOSOS trabalha mais lentamente, não digere
as proteínas tão bem como vinham fazendo e não aguentam sobrecargas.
Isso, significa que, para uma digestão ideal, é melhor que o cão idoso
coma mais vezes e menos quantidade diária, mas que a proporção entre
quantidade de proteínas e de outros nutrientes seja mantida, se ele for
saudável.
Mas as necessidades calóricas diminuem à medida que o
cachorro fica menos disposto, se movimentando menos. Deste modo, se for
mantida a quantidade de comida ele tenderá a aumentar seu peso, o que
não é desejável para um cão com peso normal e menos ainda para um obeso,
tornando-se assim necessário dar menos alimentação para ele. Se mesmo
assim o cão continuar acima do peso será necessário fazer uma dieta com
menos caloria. E se o cão for magro, deve-se oferecer uma alimentação
mais rica em proteína.
Nota-se que até bem pouco tempo atrás,
acreditava-se que cachorros com idade avançada precisavam de menos
proteínas que a média recomendada, para sobrecarregar menos os rins.
Todavia, a maioria das rações para a terceira idade obedecem o antigo
critério, e de acordo com estudos de mais de 40 anos.
Naquela época
algumas pesquisas indicavam que a proteína não causava mal aos cães
idosos, e isso ficou comprovado por estudos recentes nos Estados Unidos.
OS
CÃES IDOSOS PRECISAM DA MESMA QUANTIDADE DE PROTEÍNAS DO QUE UM CÃO QUE
NÃO CHEGOU NA TERCEIRA IDADE. O benefício das dietas com menos proteínas
estavam relacionadas à redução de calorias. Cortar a proteína pode
causar mais mal do que bem, e ao contrário do que se pensava essa
redução não evita problemas renais. Porém se o cão já tem esse problema,
pode-se estudar a possibilidade de reduzir a proteína. É preciso ficar
atento para ver se o cão idoso está com algum tipo de problema que
aumente ou diminua a ingestão de alimentos. Dentes com cáries ou tártaro
podem dificultar a mastigação, levando ao emagrecimento. Extraí-los
muitas das vezes melhora o apetite e a energia do fiel amigo. À medida em
que os dentes são perdidos, pode ser preciso mudar a alimentação sólida
para pastosa.
Mesmo que convenientemente alimentado, problemas comportamentais podem aparecer na fase da terceira idade canina. A
primeira coisa a fazer pela tranquilidade do cão idoso é evitar mudanças
de rotina. É preciso compreender que comportamentos ‘infantis’ podem
retornar. A IDADE AVANÇADA É UMA ÉPOCA DE REGRESSÃO não apenas física,
mas neurológica e psicológica também.
A ansiedade de separação é o
primeiro sinal de comportamento de cães acima de 8 anos, e a causa
principal de agressão, fobias, tendências destrutivas, desordens
compulsivas, sonambulismo e mudanças para pior no quesito: ‘hábitos de
higiene’.
NA FASE DA TERCEIRA IDADE CANINA podem aparecer
problemas neurológicos parecidos ao Mal de Alzheimer, resultantes da
falência do sistema e das habilidades de aprendizado e observação,
podendo ocasionar distúrbios como dificuldade de obedecer comandos,
irritabilidade, amnésia e desorientação.
O dono pode ajudar o cão
idoso a realmente tornar-se mais isolado e solitário, mais não dispensa o
dono. Fale com ele, conforte-o com sua voz. Não exija demais dele, nem
altere sua rotina, muito menos brusca e radicalmente. Se ele morder,
deixar de reconhecer pessoas da família, fizer xixi no errado, ele não
deve ser repreendido com severidade: não surte mais o mesmo efeito do
passado. Para evitar problemas, uma saída é restringir o acesso as áreas
onde possibilidades de acidentes são menores. Um novo treinamento pode
ser necessário e até saudável para manter a mente do cão idoso
funcionando. Mas não se deve esperar por grandes resultados.
A
companhia de outro cão pode ser de grande ajuda. Leve-o para passear de
carro. O cão velho ainda precisa se sentir amado e protegido.
A
LENTIDÃO DO CÃO IDOSO exige sossego. Não o solicite brincadeiras
extenuantes nem a passeios longos, a menos que ele tome a iniciativa.
Mesmo assim, não exagere. Deixe-o dormir o quanto quiser. Exercícios
devem ser controlados, mas não totalmente evitados: a atividade ajuda
manter sua vitalidade. Evite que ele corra ou mesmo que ande em pisos
lisos. Ajudá-lo a subir escadas, substituir comando de voz por sinais
manuais são alternativas para manter a comunicação com ele.
CONFORTO
É FUNDAMENTAL. Proteção contra o frio e sossego é o que ele mais deseja
nessa fase. Se ele conviver com crianças, elas devem ser orientadas a
não incomodá-lo. Sua cama deve ficar em um local protegido da
movimentação, longe de correntes de ar e umidade.
Com a redução do
metabolismo, o cão idoso sente mais frio e, também, fica mais sujeito a
problemas de saúde consequentes de ventos e umidade, como a pneumonia.
Uma forração macia “como uma cama de cobertores ou toalhas” deve ser
providenciada, para evitar contato com o chão duro e piore ou ocasione
problemas de calos e articulações como artrite, também comum nessa fase.
Fonte: Portal da Cinofilia
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